sábado, 4 de junho de 2011

Poema de Fernando Pessoa

XXIV
O que nós vemos das coisas são as coisas.
Por que veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver.
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.

Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Professor, gostaria de pedir a sua ajuda para a realização de um trabalho. Achei o tema muito escasso, realizei várias pesquisas mas não encontrei absolutamente nada! Preciso falar sobre a ecologia de protozoários marinhos (no meu caso, vou falar apenas sobre os flagelados). Você saberia me dizer algum gênero de protozoários que se encaixem nesse perfil?

Robério disse...

Eu gosto muito de ajudar, mas custa se identificar. Bom será que servem para você uns dinoflageladinhos... por exemplo:
o Peridinium e o Ceratium, ambos com armaduras e vida livre em água salgada ou doce; a Noctiluca é esférica com até 2 mm de diâmetro, vida livre e marinha, é luminescente fazendo as ondas do mar brilharem à noite; Gonyaulax vida livre no oceano; isso tem no wikipedia dai o resto é contigo.
P.S.
Não esqueça de solicitar o nº da minha conta para fazer o deposito basta mandar um e-mail para biobloguia@hotmail.com prontamente será atendido.

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